segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Indecisão

A princípio assustei-me com a possibilidade de ficar tanto tempo sozinha. [Nunca gostei de estar só.] Andei completamente desorientada, triste, cheia de medo.
Depois, ao ver a crise matrimonial instalar-se de armas e bagagens, pensei que pudesse ser a solução para os nossos problemas. Convenci-me que por mais difícil que fosse passar tanto tempo longe do meu marido, seria o melhor para nós e para o nosso casamento. Seriam nove meses extremamente dolorosos, mas dos quais esperava sair fortalecida e decidida. Definitivamente decidida.
Hoje, sem um sorriso, o Filipe disse-me:
- Tenho uma novidade que te vai deixar toda contente: não fui admitido.
Não fiquei contente nem triste. Fiquei, literalmente, em estado de choque. Não estava à espera. Fiquei tão atordoada que não sabia se devia rir ou chorar.
E à medida que vou digerindo a idéia, apodera-se da minha alma uma crescente sensação de pânico: os nove meses que iam permitir a decisão sobre o meu casamento, afinal, não vão acontecer...
E isto deixa-me numa ansiedade extrema, numa vontade irreprimível de resolver tudo aqui e agora. Decidir, de uma vez, para poder viver o resto da minha vida. De uma maneira ou de outra. Obviamente sei que é um querer inalcançável, não posso decidir num minuto se acabo ou não o meu casamento. Mas também sei que não consigo (nem quero) aguentá-lo assim durante muito mais tempo.
E já lá vão quatro meses...
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